A Arma de Comunicações celebra, no dia 5 de maio, o nascimento de seu ilustre patrono, o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, uma das personalidades mais marcantes do século XX. O Marechal Rondon nasceu em 1865, em Mimoso, Mato Grosso. O destino achou por bem tornar Rondon órfão ainda criança, retirando-o do convívio de Cândido Mariano e Claudina Lucas Evangelista e entregando-o aos cuidados de seu tio, um capitão da Guarda Nacional. Em 1881, ingressou no 2º Regimento de Artilharia a Cavalo. Matriculou-se na Escola Militar, no Rio de Janeiro, onde incorporou com o nome de Rondon.
Com seu brilhantismo característico, foi nomeado chefe do Distrito Telegráfico do Mato Grosso e designado para a Comissão de Linhas Telegráficas. Rondon cumpriu suas missões percorrendo mais de 100 mil quilômetros, abrindo caminhos, desbravando terras longínquas, lançando cerca de 5.700 quilômetros de linhas telegráficas, mapeando parte do território nacional e, principalmente, estabelecendo os primeiros contatos com tribos indígenas dos mais distantes rincões do Brasil. Acima de tudo, Rondon foi um elemento integrador de culturas brasileiras.
Apesar dos inúmeros obstáculos que enfrentou Rondon não esmoreceu e seguiu rumo a sua meta de fixação da identidade do país. Segundo ele, sua missão era, sobretudo, incorporar todos os habitantes do solo brasileiro à sociedade. Assim, sua incomparável consciência social serviu de inspiração para a criação do Serviço de Proteção ao Índio.
No cenário mundial, o Marechal Rondoné considerado um dos cinco maiores desbravadores. O incansável desejo de integração de extensas áreas do território brasileiro e o espírito humanitário em defesa do índio o projetaram a um reconhecimento internacional, por uma vida dedicada à exploração pacífica e civilizadora dos trópicos.
A Arma de Comunicações teve suas origens na 2ª Guerra Mundial. Para atuar neste conflito, foi criada a 1ª Companhia de Transmissões. Até então, as missões de ligação e serviço de mensageiros eram desempenhadas pela Engenharia. Assim, verificou-se a necessidade de criar uma arma encarregada de estabelecer as ligações necessárias para que o fluxo de informações passasse por todos os escalões no campo de batalha, de maneira que os altos escalões pudessem exercer suas coordenações necessárias. Então, em 1956, foi criada a Arma do Comando, com a missão de instalar, explorar e manter o Sistema de Comunicações indispensável ao comando e controle das organizações militares do Exército Brasileiro em operações militares.
O avanço tecnológico mundial impôs a evolução das comunicações militares. Posteriormente, o uso de linhas telegráficas estáticas deu lugar à transmissão de voz, proporcionando mobilidade às tropas, com o advento do rádio. Com o grande fluxo de informações trafegando por meio do sistema rádio, percebeu-se a necessidade de proteção e aquisição de informações advindas das emissões eletromagnéticas no campo de batalha. Dessa forma, deu-se início à estruturação da Guerra Eletrônica, o que, no Exército Brasileiro, ocorreu na década de 1980. Logo depois, na década de 1990, o desenvolvimento da internet levou as Forças Armadas a basear o trânsito de informações em redes de computadores. Voz, vídeos e imagens passaram a ser transmitidos por redes em campanha; com isso, o domínio do meio cibernético tornou-se imprescindível ao combatente de comunicações. A Defesa Cibernética foi então introduzida nas Forças Armadas brasileiras, como um setor a ser desenvolvido com pesquisa e produção de novas tecnologias e, principalmente, com a capacitação de alto nível do pessoal a ser empregado na defesa de instituições civis e militares.
Aos nobres combatentes comunicantes, inspirados na dedicação, na abnegação e no altruísmo do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon e no exemplo de amor à Pátria demonstrado pelos pracinhas da 1ª Companhia de Transmissões, cabe buscar o autoaperfeiçoamento diante das constantes evoluções tecnológicas, norteados pelo lema de “sempre servir”.
Nossas antenas guiam as batalhas!
Disponível em: <http://www.eb.mil.br/documents/16541/1256579/comunicacoes2014.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2016.
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